Mauricio Poeta

O voo dos pardais

Se no topo do degrau, tu,
subiste,
E cá embaixo desconheces
o passante,
Vais vagando, não percebes
que existe,
O implacável giro da roda
gigante.


A qual custo? Essa corrida 
Inebriante ?
Indo e vindo, vindo e indo,
e assim insiste;
E segues rindo, e rindo ainda
triste
Com a máscara que ostentas
delirante.


Não percebes, nem sentes
a mocidade,
Que efêmera... Imita o voo
dos pardais,
Sem floresta nos telhados
da cidade.


Passa a vida, vidas passam
nos quintais... 
Vai o tempo, tempo afora,
incontinenti,
Pra chegares ao destino
dos mortais...