Talvez teus olhos me tirem do centro,
como se o cosmos girasse em encanto,
mudando as órbitas, o tempo e o vento,
num simples segundo do teu acalanto.
Desse universo, me torno perdida,
sem gravidade, sem chão, sem medida,
mas no teu riso, renasce o sentido,
estrela-guia que me dá a vida.
Desse instante, sou luz e sou dança,
sou mar e sou brisa, sou sol reluzente,
pois no reflexo do teu contentamento,
sou todo o céu num olhar envolvente.