No fascínio do mar, em
esplendor,
Era moça... A velha que
hoje vês;
E ao marujo dum navio
português
Encantou- se numa noite
de amor.
Foram noites...A voar tempo
afora,
Como asas serelepes dos
pardais;
E a solidão em seu peito
fez o cais
E o marujo, distraído, foi
embora!
E a cada noite ali, na pedra,
à espera
Mirava ela o horizonte tão
distante
E os barcos navegantes na
quimera;
Então já velha... Pelas tardes,
infeliz,
O que ouviu... Seria a voz de tal
amante?
Era do mar... Que viajante... a ela
quis!