Mauricio Poeta

No fascínio do mar...

No fascínio do mar, em
esplendor,
Era moça... A velha que 
hoje vês;
E ao marujo dum navio
português 
Encantou- se numa noite
de amor.


Foram noites...A voar tempo 
afora,
Como asas serelepes dos 
pardais;
E a solidão em seu peito 
fez o cais
E o marujo, distraído, foi 
embora!


E a cada noite ali, na pedra, 
à espera
Mirava ela o horizonte tão 
distante 
E os barcos navegantes na 
quimera;

Então já velha... Pelas  tardes, 
infeliz,

O que ouviu...  Seria a voz de tal

amante?
Era do mar... Que viajante... a ela
quis!