Te vejo ao longe, distante, inalcançável,
Um enigma que escapa ao meu toque, intocável.
Não sei se é fascínio, desejo ou apenas curiosidade,
Mas há algo em ti que prende minha vontade.
Teus gestos, tão sutis, me intrigam,
Como ecos de um mistério que me instigam.
Tua voz, quando ouvida, ressoa em meu peito,
Um som que não compreendo, mas aceito.
Não somos próximos, mal sei teu nome,
E ainda assim, há algo que me consome.
Uma fagulha tímida, uma dúvida incerta,
Como um caminho que leva a uma porta aberta.
Será que é amor? Será que é ilusão?
Ou apenas um reflexo da minha solidão?
Não sei, mas sigo nesse labirinto confuso,
Atraída por ti, sem resposta, sem fuso.