Onde está o sujeito que definiu o que é errado?
Onde está o sujeito que definiu o que é feio?
Não hei de concordar com isso, pois bato no peito sem anseio:
O certo ou bonito é apenas uma receitinha de bolo,
Que está sendo seguida por quem é tolo.
Tenha seus próprios padrões, somos \"metamorfoses ambulantes.\"
Mas de uma coisa não esqueça antes:
A vida é muito mais bonita quando a estrada é percorrida com vigor e autenticidade.
Como pode, nessa cidade, te julgarem sem saber
Quem você é, o que gosta de comer?
No fim das contas, ninguém quer pagar;
Tome isso de exemplo para quando alguém te julgar:
A cabeça não baixe, e cante a vida,
Pois ela é mais colorida quando você não é uma peça de encaixe.
Quem se colocou em um altar, que se acha capaz de julgar,
Simplesmente por padrões que são colocados sobre nós?
Ladrões viram pastor, mas eu convivo com a dor
De não ser um bom filho.
Ser gay não é doença,
E quem é sua crença para definir quem eu sou?
\"Eu sou o sol da meia-noite, a lua cheia de manhã,
Mas me visto de mim mesmo, da cabeça aos pés.\"
E ao invés de preconceito, eu te ofereço meu respeito;
Grito e bato no peito: eu sou eu, sempre hei de ser.
Sou extrovertido, mas também sou tímido — isso sou eu quem vou dizer.
Pra finalizar, eu te falo sem temor:
Todo ódio que você destila, em muita gente causa dor.
Por mais consciência, esse poema foi escrito,
E, repetindo novamente, eu solto o meu grito D
e quem já se cansou: quem são
vocês para definir quem eu sou?