Eu já vi este sorriso antes.
Sim - eu respiro você, e sua voz ecoa neste vale.
Eu já fui o motivo de seu sorriso,
também da lágrima.
Já fui sonhadora, já quis inspirar multidões.
Me diga, o que é esta poesia?
Um esconderijo,
Um sonho,
Um amor infinito, ou paixão temporária?
Um desejo impossível.
É impossível descrever, ainda mais ser. É difícil ser aquilo que sonho, aquilo que amo.
Mas no final do dia, esta noite sussura versos ao meu coração.
Talvez isto eu seja - uma vítima da cruel poesia.
Sempre espero pelas estrelas, mas não as vejo..
Não posso tê-las pra mim,
ainda assim, não posso fugir delas.
Se ao oceano eu fosse, se caminhasse até o fim deste horizonte, ali estariam.
Me lembrando de quem eu quero ser,
não consigo fugir de mim.
Talvez eu esteja compondo à prateleiras vazias,
à um céu morto, sem estrelas.
Sem aquela chama da poesia...e quando lêem, não vêem o amor.
Não ouvem o cântico das marés, não enxergam este oceano.
E se eu lhe disser, que vejo tudo isto?
Preciso que veja, preciso que sinta e respire destes versos,
e repare neste céu, com sua composição única.
- São as estrelas em uma melodia, composta para você.
Sinto saudade de nossos momentos,
onde só nos preocupávamos em correr naquela tempestade.
Talvez pra sempre eu me lembre da estrela que perdi,
talvez sempre morarás em meu coração.
Eu percebo que sem você, eu não existiria.
Me leve ao momento que nos conhecemos,
me permita mudar a nossa história.
Você é como a lua, luz que me guia.
Acho que aquela noite nos esperava,
e aquela chuva enquanto corríamos, foi destinada.
Somente para nós.
E talvez o sol do amanhã brilhe,
para que eu possa enxergar o seu sorriso mais uma vez.