Uma sombra andava pelos canteiros,
Vestida de etéreos resplendores,
Nos eternais repousos derradeiros,
Onde lentas brotaram tantas flores...
Envolta por remotos nevoeiros,
Carregavas no peito as suas dores,
No semblante ensombreado de outeiros
Trazia dos ocasos os palores.
Um amigo querido ali repousa,
Um amigo dos anos de inocência
Que a tempos já está sob uma lousa.
Uma das mãos tocava um rosário,
Enquanto vinha do alto a refulgência
Clareares esse adro solitário...
Thiago Rodrigues