A mariposa pousa, repousa,
adormece em sombras calmas.
Com suas asas grandes e belas,
desenha o céu sobre minhas palmas.
Traz no voo um brilho singelo,
segredo doce, sutil calor.
Mesmo no escuro, segue o impulso,
tecendo no vento, traços de amor.
Voa em silêncio, dança no vento,
busca um lume, um afago, um lar.
Em cada sombra deixa um alento,
um rastro doce e macio a me guiar.
Se um dia fugi de sua luz,
hoje me rendo, peço abrigo.
Pois na penumbra onde reluz,
é teu afeto que eu persigo.
E quando o escuro a envolve inteira,
ela se entrega sem temor.
Porque sabe—mesmo em telas—
sempre há espaço para o amor.
7 fev 2025 (13:39)