Talvez o grande erro seja segurar
o que já se soltou de nós.
O que se foi, se foi.
Mas ainda assim, voltamos,
reviramos as cinzas,
procuramos brasas
onde só resta pó.
Tomar uma decisão é difícil,
mas carregar o peso dela
é o que nos dobra os ombros.
Não saber deixar ir
é acorrentar-se ao que dói,
é chamar de lar
o que já não nos abriga.
E ainda assim, ficamos.
Seja por medo,
seja por repulsa,
seja por não saber onde termina o caminho
ou onde começa a liberdade.