Pedro Amadio

O espetáculo

No silêncio do seu quarto; que como sempre está escuro, ela pede socorro.

mas os seus gritos soam mudos.

Sua voz sempre embargada, Seu rosto molhado de lágrimas.

Seus olhos já estão vermelhos, em sua alma contém medo; mas como sempre ela cala.

 

Ele tem marcas de tormentos, muita dor e sofrimento, mas nunca deixa de sorrir.

E mostra a quem está ali, uma versão dele feliz.

 

Todas as noites ele chora, às vezes clama e implora; por dias menos turbulentos.

Que sejam calmos e não cinzentos.

Mas apesar das suas dores, tristezas e seus desamores, ele carrega esperança, força e boas lembranças.

 

E diz que a vida é um espetáculo, que não nos permite ensaio.

Por isso, insiste em viver, não pra ganhar aplausos; mas pra deixar o seu legado, mesmo antes de morrer.