Entorpeço-me de ambições,
de ódio.
Faço eu, ou há de ser feito por mim?
Início. Falhas.
Enfim, acabou.
Alívio. Mas me entristece.
Por quê? É mais um fim.
O cão está morto.
Falhas. O que faço?
Existência pífia. Não me orgulho.
A quem devo satisfação?
Não a ti.
Efêmera.
Não me faz feliz.
Corro desesperadamente.
Sinto arder.
Flamba.
Desce sobre mim a chuva.
Finalmente, feliz.
Apaga, assim como a brasa acesa.
Agacho. Sento-me. Acaricio.
Percebo que o cão não está morto.
Apenas me distrai. Necessito de novas distrações.
Enfim, reconheci.
O cão já não está mais morto.
Por quanto tempo há de permanecer vivo?
Morreu.
Corro. Acordo. Levanto-me.
Esvazio-me.
O cão já não está mais morto...
Hei de eu não tomar mais distrações?
Foco. O cão está morto,
assim como eu estou.
Morte. Profunda.
Rasga. Preciso me distrair.
Senão, jamais o cão há de viver novamente.
Morreu. Ele morreu. Enfim, morreu. Eu morri.
Sem distrações.
Por fim, morremos.
Morremos ou nos matamos?
Quem nos matou?
Tu? Vós? Eles? Eu?