Arthur Mello Noos

Revoada

 

Costumam dizer que me tornei poeta

Creio que quem o é, nasce assim

Escrevo para ordenar em minha mente as palavras

 Que voam soltas dentro de mim.

 

Acho injusto as folhas em branco

Sem ideias esperando o nascer

Vejo-as e já escrevo nelas meu pranto

Esculpo nelas na noite o meu querer.

 

Vago pelas letras bagunçadas

Perdido em uma revoada de pássaros em sua jornada

Vejo duas borboletas brancas atrapalhadas

Sussurrando uma poesia apaixonada.

 

Arthur Mello Noos