Melancolia Apaixonada
Como vai, meu amigo?
O senhor que é um cara mais vivido,
Pode me ensinar a curar um coração partido?
Pois doeu-me tê-la visto ido.
Mesmo sem saber se ela volta,
Deixo a você minha revolta.
Dizem que tudo precisa de um final,
Mas por ter se acabado tão mal,
Afirmo que dela não procuro nem sinal.
Longe de sua graça,
Sigo minha triste e extensa desgraça.
Sigo rente à escuridão,
Esta mesma que antes era luz da nossa paixão.
Tinhas mesmo de partir?
Sem ti, nem mesmo quero o porvir.
Reflito sobre tua ida,
Mesmo sendo culpa minha tua partida.
Agora me perco entre versos e dores,
Tentando esquecer os antigos amores.
Mas por mais que a noite me embriague a razão,
Ainda ouço tua voz em meio à escuridão.