Surgiram as esferas com poder sem igual,
Draktar em seu voo escolheu seu lugar,
Na ilha dos mares, o primeiro sinal,
O mundo físico veio assim reinar.
Guardião dos mortais, seu povo imortal,
Com dragões ao lado, fez Evor brilhar.
Themeor surgiu como reino sem fim,
Onde os quatro elementos vivem em paz,
Água, fogo, terra e ventos, enfim,
Criaram seres em harmonia capaz.
Elementos regiam, pulsavam assim,
No grande ciclo que tudo refaz.
Dronstar e Domin em seu lar sem igual,
Entre ordem e caos, mantinham seu poder,
Criaram uma ponte ao plano real,
Visitando Evor por tempos a ver.
Pahtam é chamado, reino celestial,
Onde ambos podiam seu plano manter.
Arnotha acolhia as almas em dor,
Onde descansavam após a jornada,
Corvos de Todkin levavam seu horror,
E plumas de Anellus traziam a fada.
Almas renasciam, centelhas em flor,
No ciclo da vida, por fim, restaurada.
Syatlum surgiu entre luz e o escuro,
Morada de Dawsyd e Dusternis cruel,
Os teufeos vagavam por lá, obscuro,
Enquanto dawanis tocavam o céu.
Em harmonia com Arnotha, seguro,
Espíritos cruzavam o véu, sem escarcéu.
Ratmir, o plano onde a guerra se faz,
Com gritos de honra, espadas em ação,
Lá guerreiros descansam na eterna paz,
Ou lutam com fúria em nova estação.
Keiatan e Nalmor mantém o compasso audaz,
Entre paz e batalha, a eterna missão.
Seapeun, o reino de sonhos e cor,
Criado por Ghayazeo e Yhla em canção,
Onde os pensamentos fluem com ardor,
Em notas e ideias de pura criação.
Os mortais sonhavam, e assim, com vigor,
Ofereciam ao plano sua inspiração.
Fearao, por Yalpu e Sahra moldado,
Onde o selvagem reina sobre o florir,
O ciclo da vida ali foi firmado,
A natureza sempre a ressurgir.
Conectado a Themeor, enlaçado,
Mantém o mundo, faz tudo se expandir.
Mesmo os planos distantes e isolados,
Ligados a Evor-Een, fonte vital,
Os mortais jamais os teriam alcançado,
Mas os axsas iam e vinham no astral.
Mantinham equilíbrio, com cuidado,
Protegendo o mundo de um caos sem igual.
As raízes de Evor cresceram no chão,
Conectando as terras e os planos de outrora,
Com árvores antigas, em fusão,
Que caíram nos tempos de Kolmonor.
Evor mantinha essa grande união,
Fonte de poder que até hoje vigora.
Mortais seguiam em batalhas ferozes,
Descendentes de Kolmonor e de Een,
A luta sem fim com espadas velozes,
Mas sem chamar os axsas para o fim.
Eles erguiam altares e vozes,
Reverenciando os deuses, assim.
Os axsas, louvados como divindades,
Sentiam vibrações de todo esse amor,
Mas o poder que causava vontades,
Criou brechas nos planos com dor.
Mortais cruzavam essas realidades,
Trazendo energia e risco maior.
Com riscos crescentes, os axsas se uniram,
Diante de Evor, o plano a debater,
Não podiam os mortais destruírem,
Tudo o que foi feito ao longo do viver.
Foi Yhla quem pediu e todos ouviram,
Que selassem as brechas, para o mal conter.
Wechtars foram então criados com fé,
Mortais escolhidos, um de cada nação,
Evitando o toque de Kolmonor que é,
Semente de caos em sua criação.
Os wechtars juraram, selariam a maré,
Mantendo os planos em justa proteção.
Os Wechtars recebiam seus símbolos sagrados,
Braceletes, pingentes, escudos e mais,
Com poderes dados pelos deuses amados,
Fechavam as fendas com seus rituais.
Sabiam dos axsas, e seguiam guiados,
Protegendo Evor com seus ideais.
Os Eriaktors, em conselho formados,
Tinham ligação direta com seu axsa guardião,
Na ilha de Enortrien, foram consagrados,
Onde a árvore Enor crescia em união.
Ali os sábios se tornaram aliados,
Defensores do mundo, em sua devoção.
Cinco guerreiros foram nomeados então,
Guardiões de Evor, acima de todos,
Com a missão de proteção e união,
Até que outros assumissem seus tronos.
Soonmus, os guardiões, selaram a ação,
Protegeriam Evor por todos os modos.