(Jaana / Ir) é o início
estrelas caem
o universo rompe-se como laço puído
tudo volta para sua forma original
a ordem dá lugar ao caos
as pedras rolam
as águas evaporam
tudo volta ao principio do fim
nada permanece
não há mais alicerce nas dádivas da construção
as mãos que seguram o teto do universo o largam
fazendo cair
o fogo dos átomos finda
é necessário regressar ao início
sombras das estrelas vermelhas que morrem
como carvão devorado pelo fogo
BHRAMA vê sua obra sucumbir
o leque do infinito se fecha
para a morte inevitável
SHIVA chama o espaço dimensionado para sua mão
e sentencia sua desgraça
ele tem pressa
VISHNU olha para tudo
suas mãos deixam escorrer as tramas do mundo
como água fria do Ganges
O UNIVERSO sucumbi em morte ordenada
as estrelas rangem ao encontrar sua sina
é cumprido a vontade do deus que corta o véu do infinito lhe dando a destruição como fim
tudo se cala
não há mais
nada pois até o nada é alguma coisa
BHRAMA abre a mão
dentro há algo muito pequeno
em meio ao vazio
um ponto minúsculo
é o universo que nasce de novo
como se fosse uma flor de lotus
abrindo suas pétalas
eis o novo
dia
que se faz
é o início (aana / Vir)