Meu amado avô
Aquele que me criou
A criança cujo pai abandonou
Que a dor do meu peito levou
As músicas que ouvia, eu ouvi
E os sabores agridoces da vida, eu dividi
Sorriu e me fez rir
Mas agora desisti
Assim que o vi partir
Aquele que cedo acordava
As plantas molhava
Agora eu as molho, com lágrimas de pranto
O copo em que bebia, está vazio
Tal como a cadeira na mesa ao lado da tua querida mulher
O martelo que usava agora parece martelar a dor em meu peito
Bem que me dizia que a vida ensinava a perder
E eu perdi
Perdi tudo
Alegria, felicidade
Tudo que resta é saudade.
-Bela M.