António Anacleto

Embriago-me

Embriago-me!
Embriago meus sentimentos
e por eles meus sentidos.
Serei doido por amar?
Amar néscios nesta vida,
transforma-te em néscio!
Suprimo de mim minha alma,
Temporariamente.
Empresto ao tempo,
quem eu sou,
na vaga esperança,
de a nossa alma unida
me devolver a mim,
a minha alma perdida!
Estás longe, meu amor,
na vida física!
Enquanto eu me perco
na vida espiritual!
Possas tu, na graça de Deus,
ou por qualquer outra sorte,
entender-me como sou.
Aceitar-me em teu colo,
para que possa eu assim,
morrer feliz amanhã!