Na madrugada, na calada da noite.
Morcegos usam luzes como um açoite.
A lua brilha, enquanto meus pensamentos vão longe.
Tantas emoções acumuladas em monte.
Paro e percebo.
Minha vida não tem relevo.
Não há nada novo, nada é surpreendente.
Toda a minha rotina acontece,
Repetidamente.
As luzes se apagam e só assim percebo que o dia acabou.
Minha felicidade se perdeu, se afogou.
Desde quando tudo é tão cinza?
Agora só me resta essa minha cara ranzinza.