Floriu como a flor do lírio
Dando suspiro em jardim
Sobre um dorso verdejante
De mata densa esvoaçante
Donde há mel de guamirim
Cresceu sob louros trigais
Na região do Alto Uruguai
A linda cidade de Erechim
Emergiu entre as lavouras
Das gangorras lá da curva
E sob os parreirais de uvas
Trasvasou um airoso vinho
Terra do saudoso Gildinho
Um monarca sem fronteira
Qual tremular da bandeira
Na fronte full do Castelinho
O Castelinho é símbolo vivo
História daquela colonização
De polonês italiano e alemão
Abriram o zoom das janelas
Montaram em pingos de sela
Tropearam tipo os mascates
Plantaram trigo e erva-mate
Erechinense da bota amarela
Chegar em Erechim à tarde
O Sol arde nas costas gaúcha
Qual boca da cuia que puxa
A seiva duma boa erva-mate
O peão e a prenda no remate
Da porteira içada no portão
Do Paiol Grande da tradição
Nasceu Erechim da Frinape
O Erechim é campo pequeno
Na nativa língua Caingangue
Do índio filho do Rio Grande
Nômade de rio campo cidade
De canga de ajoujo e saudade
Arauto das matas desse chão
Do Erechim ventre da região
Nasceu a Capital da amizade