Eu nunca te disse adeus,
ficou preso em meu peito o nó,
um peso que me curva o corpo,
um vazio que me leva ao pó.
O silêncio foi tua última palavra,
tão fria quanto o tempo que parou.
Teus olhos fechados não me viram,
tua mão quieta não me alcançou.
Eu gritei na ausência da tua voz,
mas só o eco voltou para mim.
Chamei-te nos sonhos, sem resposta,
e acordei mais só do que antes, enfim.
Sinto falta de um adeus murmurado,
um toque suave, um último olhar.
Mas a morte, implacável, roubou-me
o direito de poder te abraçar.
Agora, fico aqui, com memórias,
carregando o peso duma palavra não dita,
e meu luto é uma ferida profunda e aberta,
pois sinto falta de nossa despedida.
27 jan 2025 (12:23)