Poema- Coração Atordoado
Hoje o dia foi bem cansativo, querida.
Um dia de trabalho exaustivo na loucura de São Paulo,
Agora estou aqui relaxando na cama e lembrando de nós.
Mas a saudade de escutar sua voz ainda trás um aperto ao meu coração.
E o sentimento de culpa parece estar sempre tão presente neste apartamento.
Tirando o trabalho tudo anda tão bem,
As crianças ainda aprontam pela casa,
E não imaginava que seria difícil ser um pai solteiro.
Não estou reclamando apenas um mero desabafo.
Confesso que do meu jeito estou conseguindo gerenciar as coisas,
Mas volta e meia me dá um aperto no peito de saudades suas, morena.
Sejam das suas críticas sempre tão ácidas, seja daquela sua mania de limpeza extrema.
Seja daquela sua delicadeza em conduzir a casa de sua forma.
Ainda estou lendo aquele livro de romance que me pediu, querida.
E aos poucos começo a compreender aquele seu amor, mesmo que seja meio tarde.
Mas confesso que sinto falta de suas gargalhadas pelo apartamento.
Sinto falta de sua presença por perto, sempre ditando o que fazer e como fazer.
Às vezes me pego revendo alguns vídeos antigos do começo de nosso namoro.
E me culpo por não ter prestado atenção naquele dia aquele motorista bêbado.
Mas me diga como é que está por aí no céu?
Aposto que anda deixando os anjos loucos com sua mania de perfeição.
Mas a saudade de sua presença ao meu lado parece torturante e solitária sem você, querida.
Mas eu sei que agora deve estar impressionando os anjos com suas risadas,
Fala alto aí de cima que eu preciso ouvir
Como é que tá aí?
Estou com saudades e com o coração atordoado, querida.
Autor O Amante das Palavras.