Te doa possibilidade de reflexão;
Deixa escorrer pelo seu rosto;
As lágrimas que secaram;
Dentro da solidão que escolheu viver;
E foi se afastando de tudo, e todos;
Aquele sorriso sumiu do seu rosto;
E foi se desfiando no desânimo que morou contigo, durante muito tempo;
Até que um dia passou na rua, e viu uma frase que te chamou atenção;
\"O que vim fazer aqui\";
E a inquietude tomou conta dos seus pensamentos;
Foi ali que percebeu que suas sensações estavam adoecidas por dentro;
No vazio, que se transformou em rocha;
E a palavra te salvou de si mesmo;
Aquele choro que estava preso;
Foi dissolvendo molhando a maquiagem que máscarava sua face;
Quando se viu pela primeira vez em sua forma natural;
Não houve reconhecimento, pois tudo que habitava em sua essência era sofrimento;
E pode se despir das armaduras que revestia a consciência;
A ponto de não te enxergar mais como ser humano;
O automático da vida tinha tomado conta do seu modo de viver aqui;
Engraçado pediu licença ao espelho para se vê com detalhes;
Naquele instante se deu um abraço apertado;
E pediu desculpas as emoções por não terem usadas quando mais precisou delas;
Para ficar em seu estado de serenidade.
@Gisele Cunha