Suponhamos, que eles sejam amantes
Apaixonados
Suponhamos, que você é você
E que eu sou apenas eu
Admitamos, que não nos amamos
Suponhamos...
Ei...não sonhe tão alto, o amor te deixou louca.
Escuto tua voz ao longe
Suponhamos, que eles sejam a cruz e a espada
Que não sejamos amigos
E nem inimigos
Isso detém muito o seu tempo
E você não perde tempo
Suponhamos...
Como chegamos aqui?
A maldita circunstância, foi a cruz em nosso caminho
Foi a causadora da discórdia
Suponhamos, que tu não é, o juíz, o carrasco e a testemunha falsa
Então, não me force a encará-lo
Estou tentando, não chorar
Suponhamos, que não me chamou assim...
Me quebrou assim
É pedaços aqui e ali
E toda vez, que olha assim
Meu coração se desfaz
Estou na cruz
Igual a Jesus
E chicotea-me, sem misericórdia
Suponhamos, que esqueci.
Que diabos está fazendo aqui?
Eu sei, que não passei de uma mísera folha rasgada
Amassada na lata do lixo descartada
Suponhamos...
Estou cansada das tuas mentiras
Sou apenas os pontos esquecidos
Esparadrapo, nestas tuas chagas!
E quando olha para mim
Sou as pausas
Um giz quebrado em meio a poeira
E tudo soa assim...
Cruz, pontos e espadas
Entre a cruz e a espada