Como na mais bela paisagem
Sendo cego.
Como na mais linda música
Sendo surdo.
Como estar em frente a sua refeição favorita
E não poder come-la.
É como ter o mundo inteiro
Mas não te-lo pra você –
É como sentir em cada pedaço do coração
Que de tudo tem pra dar certo
Mas que de nada se possui pra fazer acontecer.
É como querer nadar e não poder.
Com o mar a sua frente sente-se sem braços.
É como poder ter de tudo
E não ter nada.
É como sentir-se do mais impotente ser humano.
É como uma pistola carregada,
Sem ter no que disparar
Sente-se em si, um vazio profano.
Pergunta a Deus a lição que deveria aprender
E no maior silêncio não escuta sua resposta.
Pergunta a si mesmo o que deve ser feito
E em sua própria mente as sentenças não se encontram.
Sente-se no limbo, onde o amor não importa
Deita-se a chorar em seu próprio leito
Observando dolorosamente
Em meio as vontades e as competências que se enfrentam
Aquilo que mais ama, se indo novamente.
É algo sobre saber do amor
É algo sobre sentir sobre amar
É sobre conhecer sua pessoa
E totalmente contra sua vontade, não pode-la beijar
É sobre louvar a lagoa e não poder se banhar
É sobre não entender o porquê
É como ter sede e não a matar
É saber que o amor de sua vida está diante de você
E que em sua vida, não há como ficar.