A dualidade me atormenta,
A dor e o alívio vivem em ciclos dentro de meu corpo.
Há dias que sinto ser um rei,
E há dias que sou escravo de meus pensamentos.
Há dias que colocaria meu rosto em todas as paredes,
E há dias que a face do espelho me agonia.
Sinto ser um vento esplêndido,
E também um fogo avassalador.
Quero ir embora,
Também quero continuar a perguntar se tem uma cura.
Quero quebrar a corrente ou continuar ser refém,
Correr e ficar.
Amar e odiar,
Te ver ou abandonar.
Me curar ou adoecer,
Perdoar ou vingar.
Onde nasceu esse paradoxo,
Nunca vou compreender.