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Cordel em prol a acessibilidade e inclusão

CADÊ ESSA TAL DE INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE? 

 

No interior nordestino onde a fé é muito forte

Nasce uma prosa em versos, um cordel de sorte.

Nas rimas e métricas, vou cantar de vez.

Venha ler com a gente, seja nosso freguês.

 

De primeira impressão, Irei falar de amor,

Um amor não de romance,mas que causa fervor.

E assim falaremos na famosa educação,

Essa liberta o povo da sua dor e solidão.

 

Na força do injustiçado, nasce a coragem do guerreiro,

Necessitando de oportunidade,para falar de seu anseio. 

Sozinho ou não na luta em busca de respostas,

Cada um com sua bandeira, apresentando suas propostas. 

 

No cenário do século XXI, muito se fala de inclusão.

Mas a real já sabemos,  poucos mostram a solução.

E no amor pela escrita há muitas possibilidade,

O poder de se posicionar pela sua verdade.



Será que todos têm acesso? É de se questionar!

O deficiente visual, o cordel pode acessar?

Existem sites ou métodos que sejam envolventes?

A escrita oportuniza aquele de necessidade presente.

 

O cordel abre portas, isso não é lenda,

Apresentarei fatos, que a oportunidade é imensa.

Em meio a necessidade, existem várias formas de expressar.

Uns preferem chorando, outros na arte de cantar.

 

Cantar o que escreve, necessitando se posicionar,

Ali no campo ou na cidade, cada um no seu habitar.

Cobrando aquilo que precisa, armado com a informação,

Não fugindo da lei civil, reivindicando, isso é educação. 

 

Tem que se falar dessa tal de acessibilidade, 

Que garante a todo ser vivo, a mesma oportunidade.

Garantindo o meio de chegada em diferente situação,

Pois ninguém é igual, cada um nasce com sua condição.

 

E é por meio das letras, que minha voz é ouvida

Caso não me conheça, vai ler minha escrita.

E aqui me represento, defendendo o que acredito,

O cordel é, sim, um instrumento muito bem vivo.

 

Um instrumento de poder, um artefato regional,

Que cada um escreve, um trabalho especial.

Dosando a nossa escrita, cada um com sua referência

Contribuindo com a formação da nossa atual essência.

 

Abordando vários temas, trazendo a realidade,

Que a criança da favela não tenha a mesma oportunidade.

Ou daquele do interior de mata, não tem a mobilidade 

De chegar ao portão da escola, arrancando sua felicidade.

 

E isso eu grito, dando voz a minha escrita,

Por meio desse cordel, deixo o que me intriga. 

O que me causa raiva e até mesmo um desconforto,

De ver na minha realidade um povo de conhecimento morto.

 

Muitos sendo preso a falsas esperanças 

Que no passe de mágica, tudo avança.  

Muitos com medo, de sua necessidade apresentar,

Deixo-os presos, não podendo nem falar.

 

Mas aí é o momento, das mãos entra em ação, 

Não pra buscar sangue, nem muito menos violação.

É aí, que a letra mata, mata sem tirar a vida

Mata a realidade miserável, que você apresentou com a escrita.

 

Fazendo chegar aos poderosos, os nossos representantes,

Com a ajuda da internet, ganhando visualizações exorbitantes,

Escreve uma nordestina com sede de solução. 

Cadê? Cadê? O reconhecimento da acessibilidade e inclusão?