E se eu deixar ir,
o caos que me envolve,
o medo que sufoca,
a dor que insiste,
a dúvida que cala?
Se eu me banhar de certezas
como rios que limpam a alma,
me vestir de esperança
como o céu veste as manhãs?
E se eu deixar o amor guiar
cada passo, cada respiro,
amando os dias que chegam
como dádivas sagradas,
como flores que desabrocham
mesmo na tormenta?
E se eu acolher a vida,
não como fardo,
mas como fogo que arde,
como luz que renasce
no espaço que o vazio deixou?
Deixar ir…
é renascer.
Deixar ir…
é viver.