lana moura

elegia da morte negada ||

nos cantos da janela 

eu vejo o teu rosto 

me suga e some 

como um encosto 

 

minha energia 

como pó desaparece 

vagando pelo silêncio 

e isso me adoece

 

você não fala nada 

mas sonha em dizer 

se eu te pedir 

você vai aparecer ?

 

as cinzas da alma 

não foram suficientes 

malditos olhos fúnebres 

a lágrimas decadentes