Percorri trilhas esquecidas,
onde o silêncio sussurra memórias,
e a paisagem, como um espelho,
reflete o que fui ao seu lado,
um viajante perdido entre o ontem e o agora.
À beira do rio, que guarda teu nome,
suas águas contam histórias
que só o coração pode ouvir.
Sob meus pés, a terra firme —
um abraço daquilo que ainda resta,
um eco das promessas que plantamos.
Eu, um náufrago de saudades,
busco âncoras em mares revoltos,
encontro teu olhar no brilho das estrelas.
E enquanto a brisa traz teu perfume,
o passado me chama em murmúrios doces,
convidando-me a sonhar outra vez.
Obstáculos surgem, sombras do tempo,
mas também vejo o nosso refúgio,
aquele lugar que o amor construiu,
onde risos se faziam eternos
e o amanhã era apenas uma promessa.
Se ainda há em você desejo,
venha, sob este céu que tudo testemunhou.
Deixe que as águas unam nossas margens,
que cada onda traga de volta
os pedaços de nós espalhados pelo tempo.
Aqui, onde o vento toca o eterno,
podemos recomeçar,
tecendo histórias que transformem a saudade
no lar que sempre nos pertenceu.