eu vejo da minha janela
uma velha floresta de parabólicas
o passado adora uma ferrugem
o tempo sempre surge atropelando a história
ao meu redor um novo museu
vejo que às vezes tudo volta
um novo ciclo de velhos costumes
tudo o que é velho agora virou moda
eu vejo pessoas nas calçadas
vendo mensagens sem olhar pra frente
cabeças baixas embaixo de um céu
ao meu redor a vida é indiferente
vão se perdendo as palavras
vão se perdendo os sorrisos
vão se perdendo os amores
vão se perdendo os amigos
fotos que não mostra os sabores
vidas que não cabe em um vídeo
vão se perdendo os valores
o amor vai perdendo o carinho
vejo tudo ao meu redor e às vezes nada faz sentido
vejo o mundo caminhar se perdendo pelo caminho
todo mundo é uma ilha ou um naufrago sem destino ...