Bingus McBongus

Delírios de Sono

De tão cansado, o brilho perde e o azul morre.
Vitoriosa é a penumbra encrustada de estrelas.
E os velhos olhos anseiam afogar-se em mesma derrota.
Mas os velhos olhos que ardem em vermelho não podem apagar.

E festejam os astros que dançam no infinito.
Brilham, gritam e riem no denso tecido negro.
Os olhos lutam contra a vastidão.
Mas como é cruel lutar desejando espada no coração.

E, como Roma, quebra o império cintilante.
Não há mais estrelas. Só há a Lua.
Tudo que resta são nuvens marrons.
E se implora pela perda dos pobres olhos.

E nasce azul no Leste. Devorando escuro com brilho cego.
Alvas são as nuvens do novo Império. Até a Lua afunda no azul.
Mas pobres olhos, que imploraram pra morrer,
Mas que agora morrem implorando pra viver.