Do nada, escovando os dentes, eu penso: “sou muito bobo”.
Em dúvida, me pergunto: “Será que sou tão bobo?”
Com a resposta, eu afirmo: “Eu sou muito bobo.”
Cabisbaixo, eu reafirmo: “Eu sou um bobo.”
Desiludido, eu pauso a música em meu ouvido e duvido: “Eu não sou bobo.”
Lembro de algumas coisas e, mais triste do que antes, concluo: “Eu sou bobo.”
Na tentativa da positividade, eu chego: “Qual o problema de ser bobo?”
Rindo sozinho enquanto lavo a boca, respondo: “Nenhum problema em ser bobo.”
Então, despauso a música e, de fato, eu sou muito bobo.