Falar de amor pra mim
Sempre foi algo silencioso,
Mas sempre demonstrado aqui e ali,
Embora de forma medrosa e um pouco vergonhosa.
Eu sou alguém que ama,
Que quer mostrar exatamente o que sente,
Quando sente.
Mas eu sempre me encontro na dança:
A música que muda,
Os pés que machucam.
Algumas vezes, mesmo doendo,
Eu me sinto leve e continuo dançando.
Outras vezes,
A dor é incalculável, e eu apenas continuo suportando.
Eu sou alguém que ama, sim,
Que acredita que contos de fadas podem, sim, existir na vida real.
Eu me vejo como alguém difícil de entender.
É tão confuso pegar cada palavra
E transformá-la em um texto que faça sentido.
Mas isso não vem ao caso.
Talvez eu esteja enrolando...
Enrolado,
Embaraçado.
— Preciso pentear isso.
Voltando ao que eu estava dizendo (ou tentando dizer):
Falar de amor pra mim
É muito bom.
É o momento, o instante,
Como se o amor e eu nos juntássemos
E nos tornássemos uma só estrutura.
Debaixo, por cima,
De dentro pra fora,
Entre todos os lugares do meu corpo,
Como se o meu próprio oxigênio
Se transformasse em amor.
Pode parecer loucura minha,
Mas sim, eu sou alguém que ama.
Eu já encontrei e senti vários tipos de amor:
Amor de família,
Amor de amizade,
Amor pela vida do próximo
— E pela minha também.
E olha só: eu encontrei também
Um amor que me ama.
É tudo tão surreal e perfeito,
Mesmo sabendo que nada é perfeito
— Perfeito é só Deus.
Mas não sei outra palavra que defina melhor.
Ou talvez eu pudesse dizer que é
\"Imperfeito defini-lo\".
Sim, eu sou alguém que ama.
E eu amo você!