Em Evor-Een, a vida a florescer,
Todkin vinha a centelha desfazer.
Seu toque sombrio, um ciclo a criar,
Espaço ao novo, sem exagerar.
Embora não belas, suas criações,
Mantinham o mundo em vibrações.
Nalmor em guerras fazia brotar,
Disputas constantes, a terra abalar.
Keiatan e Anellus em harmonia,
Propagavam a vida, noite e dia.
Yhla propôs descanso, um revezar,
Ashüreen, o mundo a equilibrar.
Ghayazeo e Adnosterus, sem cessar,
Sobre tudo e todos, a atuar.
Ordem e caos, sempre a despertar,
Um ciclo eterno, sem descansar.
Joroin e Mizarnir, forças a colidir,
Furacões e inundações a emergir.
Yungul com queimadas, a terra a tocar,
Dronstar e Domin, em eterno dançar.
Os axsas em ações, a vida a moldar,
Equilíbrio perfeito, sempre a buscar.
Yalpu, com plantas e animais,
Canalizava o mundo, sem rituais.
Desde o enthar, a consciência dividiu,
E uma nova necessidade surgiu.
Interagir, sentir, algo a buscar,
Yhla observava, a sabedoria a guiar.
Criaturas únicas, em formas a surgir,
Longas eras, um novo existir.
Mistura de lobos, em árvores a andar,
Expressivos olhos, sempre a observar.
Quatro dedos em patas, a se equilibrar,
Pelos coloridos, o mundo a encantar.
Yhla percebeu, algo mais a criar,
O desejo de mudar e admirar.
Com os axsas, Yhla a conversar,
A intenção de seres sensíveis criar.
Vinte criaturas, cascas e cristais,
Pó dourado, lama e folhas vitais.
Água de Mizarnir, para a fluidez,
Novas formas, perfeitas, de uma vez.
Assim, em Evor-Een, o equilíbrio a reinar,
A vida e a morte, em constante bailar.
Os axsas criaram, com amor e cuidado,
Um mundo vibrante, sempre renovado.
Tudo sempre igual, a canção que se faz,
Nos bardos ecoa, a história de paz.