A noite parecia ter se curvado à nossa vontade, como se o mundo lá fora não tivesse mais importância, como se nossa energia fosse a única coisa que existia. Quando nossos corpos se aproximaram, o ar entre nós se tornou denso, carregado de uma tensão que não podia ser ignorada. Eu olhei para você, e tudo o que vi foi o reflexo do meu próprio desejo, o anseio por uma entrega sem fim, sem limites.
Não houve hesitação. Eu te agarrei com força, mas ao mesmo tempo com uma necessidade tão profunda que cada movimento era uma extensão da minha alma, cada toque era uma súplica. Seus lábios se encontraram com os meus, e a explosão de sensações foi instantânea. Não era um beijo comum — era um beijo que queimava, um beijo que dizia que nada mais importava, apenas aquele momento em que éramos um.
Minhas mãos percorriam seu corpo com uma urgência crescente, explorando, buscando, querendo mais. Cada centímetro de sua pele era uma promessa, uma tentação que eu não sabia resistir. E você respondia com a mesma fome, se entregando a mim com a intensidade de alguém que já sabia o que queria, e era eu.
O ritmo de nossos corpos não era suave, não era lento. Era impetuoso, como se cada movimento fosse um reflexo de uma paixão incontida. Cada gemido seu era como combustível para o fogo que me consumia. Você se movia contra mim, com uma ferocidade que me deixava sem fôlego, como se estivéssemos em um abismo de prazer que não podia ser escapado. Não havia espaço para a calma, não havia vontade de pausa para tomar água. A única coisa que importava era o agora, o prazer de estarmos completamente entregues um ao outro, se banhando em suor e desejo.
Os minutos se tornaram horas e as horas pareciam não ter fim. Cada vez que nos uníamos, o desejo se intensificava, o prazer aumentava, e eu sentia como se estivéssemos no centro de uma tempestade de emoções e sensações, onde o mundo externo simplesmente se dissolvia. A cada toque, a cada beijo, a cada gemido, sentíamos a necessidade de mais, de tudo, de nunca parar.
Você estava tão entregue quanto eu, seus braços envolvendo meu corpo com uma força que refletia o desejo insaciável que nos unia. E quando eu pensava que não poderia ir mais longe, você me pedia mais, desafiando-me a continuar, a me perder completamente nesse fogo. Não havia cansaço, não havia limites. Apenas o desejo de continuar, de nos consumir em um ciclo incessante de prazer.
E então, quando a maré finalmente se acalmou, nossos corpos ainda entrelaçados, havia um silêncio pesado no ar. Mas não era um silêncio vazio — era a quietude após uma tempestade, a paz que vem com a entrega total, com a certeza de que nenhum de nós queria que isso acabasse. O cansaço era profundo, mas o desejo ainda queimava, pronto para renascer a qualquer momento ou minuto.
Eu sabia, então, que algo em nós havia mudado, que aquele momento seria guardado para sempre, não apenas na memória, mas em cada suspiro, em cada toque, em cada desejo não expresso. Porque, mesmo quando a noite chegasse ao fim, nós dois continuaríamos a nos buscar, incansáveis, desejavelmente e eternamente.
17 jan 2025 (12:20)