O que me esconde a vida?
Ou será que sou eu
quem se oculta,
nas dobras do tempo,
nas sombras do medo?
Outrora, um campo florido,
a promessa de um céu aberto.
Depois, o silêncio,
a terra seca,
as mãos vazias.
Floresce e desabrocha,
mas também fenece.
A vida pulsa entre extremos,
morte e renascimento,
um ciclo que não cessa.
Será que busco o amor
ou ele me busca?
Talvez estejamos ambos perdidos,
tateando na penumbra
do que poderia ter sido.
E assim sigo,
entre flores que morrem
e outras que nascem,
tentando entender
se é o mundo que esconde,
ou eu que me escondo de mim.