Conto os segundos ansiosamente
Como se amanhã fosse segunda
Um dia depois da data esquecida
Relembrando cartas escritas em vão.
Me faltam palavras em teor de ilusão
Restando teorias para o fim da paixão
Pelos versos lançados através da razão
Nada é real assim tão perto do chão.
Sinto falta do mistério entre os dedos
E do som da sua respiração
Do intervalo entre o hoje e o ontem
Entre o silêncio e o fim da canção.
Além das palavras de puro cinismo
E as filas em curva ao redor do sol
O singular se fazendo frio em vermelho
Cujo ainda se perde em direção ao farol.