O medo constrói muros.
Os tijolos dos muros do medo
são quase indestrutíveis.
Uma liga medonha os une,
é a quase invisível
força de coesão dos muros do medo.
A insegurança é a guardiã
dos muros do medo.
É quase impossível escalá-los,
são mais que barreiras,
são a proteção contra um mundo
desprovido de medo.
Os fortes muros do medo
têm base na fragilidade.
O medo é subproduto
dos limites.
As relações são limitadas
pelos muros do medo
de revelar impotências.
E principalmente,
o medo dissimula os limites,
pois não tentar é diferente
de não conseguir.
Os muros do medo
jamais desabarão totalmente,
graças ao medo
da inexistência do medo
de si mesmo.