Noites e açoites, você diz,
ou vinho envenenado, assim o quis.
(Quando o sol amarelo amarela,
assim, nasce a querela!)
Minha aquarela já não te acompanha.
Felizes: todos que da vida não apanha.
Champanha? Campanha? Grito do Ipiranga?
Não! Apenas os rato escaldado, na
manhã de domingo, fumando cachimbo,
no igarapé, cheirando chulé,
na rua do boi, jumento com coi\',
levando a maré, de tucunaré,
fresco ou salgado, frito ou mijado,
com rôz ou sem-rôz, levô um, paga dôx,
assalto ao mirante, trafica elefante,
de justo falante, mocinho da qualé, fritinho com xibé!
Condenado a escrever tais palavras,
condenado a sonhar acordado.
\'nado a nascer, reproduzir, morrer.
\'nado a viver sem que isso, por mim, fosse acordado.
Na dureza de tais palavras
não encontro a vida.
Na vida, não acho beleza, saúde, riqueza.
Apenas uma reclamação, uma ideia qui, otra acolá, hei de usar...