Foi o acaso que teceu o fio,
Ou algo maior, calado e gentil?
Entrelaçou nossos passos, sem pressa,
Na vastidão do tempo, em suave promessa.
Eu, perdido em pensamentos e dia,
Vi na tua camisa o que a alma pedia:
\"Kiss Me\", dizia, e não foi à toa,
Meu coração sussurrou — era pessoa boa.
O acaso, travesso, jogou sua peça,
Mas será que o acaso, por si, adivinha a promessa?
Nunca foi sorte, sempre foi Deus,
Escrevendo certezas no breu dos céus.
E agora, pequena, o que virá?
Um sopro breve que o tempo levará?
Ou um eco eterno, moldado em poesia,
Que dançará no compasso da nossa harmonia?