Uma hora... Duas horas... E nada,
Quantas horas são necessárias,
Para este poema acabar?
Ideias e palavras que se recusam a serem escritas,
Mas que pertubam a mente de algum poeta,
Que entre folhas vazias vaga e se inquieta.
Um universo inteiro dentro do peito,
Mas a página permanece branca, sem efeito.
Quanto tempo, pergunto, será necessário,
Para que o silêncio deixe de ser solitário?
Para que as palavras aceitem a prisão,
Da tinta que clama por expressão?
Talvez o poema nunca termine,
Pois nele há um abismo que o define.
E o poeta, em busca incessante,
É prisioneiro de um sonho distante.