Nem sei o que escrever,
Apenas estar sem voz diante um anjo,
Não saber quais palavras ter
Na ponta da garganta, sem esbanjo.
Toda noite pensar em um olhar introvertido,
Recuperando alto o sabor indiscreto
E sincero do seu sorriso,
Tão imprevisto ao seu raro olhar.
Para as vezes soluçar um pouquinho,
E responder um pouco de carinho,
Você tão observadora,
Sempre a bela acolhedora.
Sem prever os rastros,
Vai um refletido largo passo,
De algum motivo não saber,
Mas faz bem querer lhe ver.