Como dois pássaros livres,
Corríamos nús pela floresta.
O sol quente batia em nossos rostos,
O vento bagunçava nossos cabelos
E refrescava nossas peles.
Eu poderia ficar dias alí, te vendo sorrir e rodando no meio das águas verdes do rio.
Se banhando, molhando sua pele clara e macia, como as nuvens do céu.
Eu poderia ficar o ano inteiro ali, vendo seus olhos se iluminarem com o entardecer
E alcançarem as estrelas mais distantes com o cair da lua...
Eu poderia morrer em seus braços agora, de tanto prazer.
Nossas risadas se misturavam aos sons da natureza enquanto você me fazia cócegas,
Depois, me molhava os lábios com o doce néctar dos seus.
Você explorava meu corpo tal qual um aventureiro,
Descobria caminhos e segredos que nem eu conhecia.
Os anjos pareciam cantar em meus ouvidos,
Enquanto eu dançava nas pontas de seus dedos.
E nossas almas vibravam e ascendiam ao paraíso,
Lá que eu queria estar, no céu de sua boca.
Mas, você era o fruto proibido
E eu não podia te ter sem pecar...
Te amar.
Era impossível.
Eu falhei.
Vênus. 07, janeiro, 2025.