Não sei ao certo o que faço,
Mas carrego a estranha habilidade
De quebrar momentos,
De ferir corações sem querer.
Talvez seja por isso que vivo pedindo desculpas,
Tentando evitar o inevitável,
Mas sempre encontro, sem perceber,
Uma nova forma de machucar.
E é nesse instante, sem querer,
Que revelo a parte que escondo,
A parte de mim que nem eu aceito,
Que às vezes temo chamar de \"eu\".
Se não me compreendo por completo,
Como ousaria compreender o outro?
Como ser guia em um terreno
Onde até meus passos são incertos?
E assim, sigo entre erros e pedidos,
Tentando ser mais brisa que tempestade,
Tentando aprender que, às vezes,
Amar também é aceitar-se na verdade