As paredes do meu coração são de vidro,
tão fino e transparente
que sinto o frio que vem de fora
e o calor que vem de dentro.
Mas elas também são de aço,
tão forte e resistente
que posso sentir seu peso.
A fragilidade do vidro
e a resistência do aço
torturam meu coração.
Eu queria a neutralidade do barro,
tão naturalmente quanto um pássaro.
O barro eu pintaria de branco
ou de verde, talvez.
Então poderia moldar meus sentimentos
àquilo que o mundo quer
e soltar o pássaro.