Um ser abstrato,
Hora presente,
Outra ausente.
Dança na dualidade da vida,
No ciclo que começa e se desfaz,
No eco do tempo que volta e refaz.
Na concepção,
No início que germina.
No conceito de ser,
Um mistério que ilumina.
No de viver,
Um sopro que insiste.
No de amar,
Um enigma que persiste.
Entre o tudo e o nada, se constrói, se desfaz,
Um instante fugaz que nos prende e nos traz.
Entre presença e ausência, entre sombra e luz,
O ser abstrato caminha e conduz.
E assim, no eterno compasso,
Na dança do existir e do acaso,
Esse ser, tão imenso e fugaz,
Nos revela: na dualidade, a vida se faz.