A vida passa num borrão
Antes 5, depois 13, então 18
Sinto-me na contramão
E sem dormir pernoito.
Minha mente me assombra
Com a expectativa futura
E através da penumbra
Minha fé desestrutura.
No vale do luto
Minha alma se afunda
Num banho corrupto
Que a torna imunda.
Não mais caem lágrimas
Os olhos sem vida ou brilho
Derramam, agora, em rimas
A agonia, do seu vazio.