Metamorfose

Reconstrução

Talvez eu me afaste

E deixe para trás meu próprio eco,

Saia de mim,

Desvista as vestes do agora,

Esqueça rostos,

Esqueça passos,

Esqueça o peso que carrego.

 

Que o esquecimento seja solo fértil,

Onde brota algo além do vazio,

Algo que pulse e floresça,

Belo como o nascer do sol,

Rico em amor,

Amplo como o céu que abraça.

 

E assim, reconstruída,

Eu voltarei a caminhar,

Não para retomar o que era,

Mas para celebrar o que se fez novo.