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Carlos Lucena

SOL POENTE

Cai brilhando no poente
E fagulhas de encanto
Na labareda celeste
Se transporta para no outro dia
Perpetuar a beleza de suas centelhas.
O Sol não morre jamais
Apenas dorme no continente de cá.
É só o repouso de seus raios
É só um fugaz resfriamento
De suas lâminas luminosas
Abraçadas pelas auras estelares
Que a manta da madrugada envolve!
Eterno Sol que dorme aurífero
Para acordar áureo.
Metal precioso das constelações diurnas
Que fecha-se no céu
Das siderações noturnas
Precioso se esconde
Para despontar cálido
Mas suave como as ninfas matinais.