Oh flor, erga-te bela entre as folhagens verdes,
Sobre tuas pétalas o orvalho matinal deixe cair,
E quando despontar do leste os raios de sol
No verdejante jardim esteja a reluzir!
Tanto me preocupo contigo, bela flor!
Tenho medo dos raios do sol de verão
Com calor imensurável ferir tua beleza singela
Murchando tuas pétalas e derrubando-as no chão!
Oh flor por mim adorada, tu corres perigo!
Temo ainda que algum dia venha o cruel vento
Te tratando sem cuidado de forma bravia
Fazendo-a vergar a fronte à terra por um momento!
Haverei de lhe dar um novo lar muito em breve
Pois temo que alguém com injusta bravia,
Seja cruel contigo, minha bela flor,
Pisando-te sem piedade algum dia!
Oh flor de curta vida, eu de ti tenho pena!
Antes que no jardim tu feneças e torne-te pó
Entregar-te-ei a minha donzela amada
Para que ela se lembre de mim quando estiver só!